COVID-19. Desemprego e pedidos de lay-off a aumentar (bastante). Conheça os números

O “Expresso” noticiou que há 4098 novos desempregados por dia (desde o início de Abril), que os despedimentos colectivos dispararam este mês e que o lay-off já abrange 40 mil empresas.

 

As inscrições diárias nos centros de emprego duplicaram face a 2019. O número de novas prestações de desemprego cresceram 65%. E, em seis dias, houve 35 despedimentos colectivos, cinco vezes mais do que há um ano. O lay-off já abrange 40 mil empresas, sendo que a maioria destas empresas tem até 10 trabalhadores.

Os números foram avançados ontem à noite pelo semanário “Expresso”, com base balanço partilhado esta semana pelo Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social (MTSSS) com os parceiros sociais, e que consideram os primeiros seis dias de Abril.

De acordo com esse documento, a 6 de Abril, Portugal somava 339 mil desempregados, mais 18 mil do que no final de Março e mais 28 mil do que em período homólogo o ano passado. Durante esses seis dias do presente mês, houve 4098 pessoas – por dia – a inscrever-se nos Centros de Emprego, com os números a duplicar em relação a 2019.

O “Expresso” destaca ainda os pedidos de subsídio de desemprego: desde o início de Abril foram requeridas 12.114 novas prestações de desemprego, um aumento de 65% face ao mesmo mês no ano passado. Se for considerado o  período desde 16 de Março, a Segurança Social recebeu 41 mil requerimentos.

Se, em Março, já tinham sido contabilizados pela Direcção-Geral do Emprego (DGS) e das Relações de Trabalho (DGERT) 59 despedimentos colectivos abrangendo um total de 843 trabalhadores, nos primeiros seis dias de Abril contam-se já 35 despedimentos colectivos, atingindo um total de 345 trabalhadores, ou seja, mais 28 empresas e 255 trabalhadores do que no período homólogo.

 

Lay-off

 

Números (estimados) avançados pelo “Expresso” revelam que no início desta semana, 40 mil empresas, num universo potencial de 642 trabalhadores com uma massa salarial estimada de 655 milhões de euros.

Concretizando os dados avançados pelo MTSSS: sectorialmente, 24,2% destas empresas têm actividade nos sectores do Alojamento, Restauração e Similares, 20% Comércio, 9,3% da Indústria Transformadora e 8,9% nas áreas da Saúde Humana e Apoio Social.

As microempresas (até dez trabalhadores) são a que mais têm recorrido ao lay-off simplificado, representando 75,7% dos requerimentos apresentados. Seguem-se as pequenas empresas (até 25 trabalhadores), que representam 14,1%, com as grandes empresas (mais de 250 trabalhadores) a representar 0,7% dos pedidos entregues.
Em termos de regiões, Lisboa (22,8%), Porto (20,3%) e Braga (10,5%), concentram a maior parte dos pedidos.

 

Trabalhadores independentes

O “Expresso” revela ainda dados relativos aos trabalhadores independentes: nos primeiros seis dias de abril, 117 mil já tinham requerido o apoio extraordinário previsto por redução de actividade.

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