É este o país europeu onde é mais difícil preencher uma vaga tecnológica

Portugal é o país europeu onde é mais difícil preencher vagas em empresas tecnológicas. Praticamente seis em cada 10 oportunidades (57,6%) de emprego nestas companhias ficam por ocupar ao fim de mais de 60 dias, concluiu um relatório da sociedade de capital de risco Atomico, divulgado pelo Dinheiro Vivo.

 

Segundo a publicação, na restante Europa, pelo contrário, houve reduções significativas na percentagem de vagas difíceis de ocupar. No Reino Unido, por exemplo, a quebra foi dos 43% para 23% entre Outubro do ano passado e o mesmo mês de 2020.

Isto acontece depois de Portugal, nos últimos anos, ter convencido multinacionais como a Cloudflare, Mercedes, Volkswagen, BMW, Euronext e Natixis a abrirem centros tecnológicos em solo nacional, empregando dezenas ou centenas de quadros altamente qualificados.

O Dinheiro Vivo revela que as vantagens na atracção de expatriados (Startup Visa), os elevados padrões de vida e a existência de voos directos entre Lisboa e São Francisco foram factores que atraíram os norte-americanos da Cloudflare a abrirem um escritório na capital. «Esta é a fasquia esperada pelas empresas que se sentem tentadas a relocalizar as suas operações», escreve a Atomico no seu relatório.

Ainda assim, as vagas tecnológicas em Portugal ficam por preencher e têm cada vez mais peso no total de empregos disponíveis, representando 6%. Nos três anos anteriores, rondava os 4%. As falhas ao nível da formação e dos salários ajudam a explicar a falta de ocupação destes postos de trabalho.

 

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