Espaços de trabalho: o que privilegiam os colaboradores?

Os colaboradores valorizam cada vez mais o coworking e as empresas que promovem práticas de bem-estar. É o que revela o estudo do Avila Spaces sobre as novas tendências dos espaços de trabalho para 2019.

As conclusões surgem com base na observação que o centro de negócios fez do mercado dos espaços de trabalho em Portugal e do comportamento do consumidor, assim como dos resultados do Barómetro de Tendências de Espaços de Trabalho para 2019, iniciativa promovida pelo departamento de Investigação & Desenvolvimento do Avila Spaces, durante o ano passado.

Teresa Jacinto, directora deste departamento, não tem dúvidas de que, «em 2019, as empresas irão continuar a apostar cada vez mais em modelos de trabalho flexíveis, sendo que muitas delas utilizam em simultâneo o coworking, o escritório virtual e o teletrabalho, nomeadamente aquelas multinacionais que estão a iniciar operações no país».

Na base desta conclusão está, por exemplo, o facto das empresas estarem a fugir ao convencional, apostando, por exemplo, em conceitos como o business lounge, onde «não há secretárias para uso exclusivo dos colaboradores», reforça a responsável.

O estudo revelou ainda que os inquiridos, especialmente os millenials e a geração Z, procuram maior flexibilidade laboral: «As novas gerações desejam trabalhar por objectivos e rejeitam o horário das 9 às 18 horas, podendo trabalhar a partir da empresa, mas também a partir de casa, de uma esplanada ou de um espaço de coworking», conclui Teresa Jacinto.

O barómetro deste ano mostra que cerca de 54% dos inquiridos adoptaram um modelo de trabalho em coworking em 2018, uma percentagem que estava apenas nos 28,4% no mesmo estudo, em 2017.

Outro indicador que subiu foi o da percentagem de inquiridos que diz usar ou já ter usado novos modelos de trabalho (escritório virtual, coworking ou teletrabalho): em 2017 foram 49% e, em 2018, passou para 87%, um aumento de 38 pontos percentuais.

A maioria dos inquiridos (59%) acredita que os novos modelos de trabalho garantem um maior equilíbrio entre vida profissional e pessoal.

Nas conclusões finais do Barómetro , 77% dos inquiridos consideram ‘pouco provável’ voltar a utilizar um espaço físico dentro do modelo tradicional, percentagem que em 2017 era de 53%. As expectativas iniciais de quem começou a adoptar modelos de trabalho alternativos também foram confirmadas ao longo de 2018, com 79% dos inquiridos a afirmarem estar ‘extremamente satisfeitos’ com esta opção.

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