Francisco Viana, Caixa Geral de Depósitos: «Um bom líder nunca deve deixar de fazer algo por medo de não conseguir»

Na análise aos resultados da 50.ª edição do Barómetro da Human Resources, Francisco Viana, director central de Recursos Humanos da Caixa Geral de Depósitos, afirma que «um bom líder nunca deve deixar de fazer algo por medo de não conseguir, sem antes reflectir muito sobre o que e quem poderá ajudá-lo a alcançar esse feito. É preciso fazer acontecer e ter iniciativa».

 

«Nos resultados do 50.º questionário deste Barómetro destaco o tema das lideranças. Apenas 5% concordam que estão preparadas para enfrentar os desafios que se avizinham e 15% também concordam, mas só as de topo. Sou daqueles que acreditam que as lideranças têm de ser desenvolvidas. As empresas necessitam de boas lideranças aos diversos níveis, para desenvolver o talento, mas essencialmente para criar, inspirar, incentivar e motivar equipas, com o intuito de atingir resultados. Um bom líder deve ser audaz, deve manter uma aprendizagem permanente ao longo da vida, e deve ser capaz de criar impacto.

É responsabilidade de um líder desenvolver as competências certas, ser autor e actor e não um mero observador. As lideranças que congregam à sua volta pessoas com competências, comprometidas e que têm um caminho claro, conseguem fazer equipas ganhadoras, que são núcleos determinantes do sucesso das organizações.

Diria que um bom líder nunca deve deixar de fazer algo por medo de não conseguir, sem antes reflectir muito sobre o que e quem poderá ajudá-lo a alcançar esse feito. É preciso fazer acontecer e ter iniciativa. É essencial saber pedir e saber reconhecer a importância da ajuda que recebe, mas também é importante saber a quem pedir ajuda e, por isso, cuidar da rede de contactos ao longo dos anos. Saber controlar os limites e estar fora da zona de conforto são desafios para qualquer líder porque o seu exemplo marca.

Para enfrentarem os desafios que se avizinham, as organizações vão necessitar de reskilling e upskilling de uma forma mais acelerada. Em Portugal, deve-se apostar mais na formação. Se há dúvidas por onde começar, façam-no pelas lideranças.»

 

Este testemunho foi publicado na edição de Dezembro (nº.156) da Human Resources, no âmbito da L edição do seu Barómetro.

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