Inês Madeira, Grupo FHC: Proactividade e equilíbrio, num melting pot de gerações

Inês Madeira, directora de Capital Humano do Grupo FHC, defende que «a transição ou transformação digital e a inteligência artificial aplicada à melhoria dos processos exigem uma adaptação e um equilíbrio que nem sempre é fácil de alcançar e é ainda mais difícil de manter num melting pot de gerações.»

 

«Na realidade actual, convivem cinco gerações activas no mercado de trabalho: geração Alpha (nascidos a partir de 2005); geração Z (nascidos entre 1995 e 2004); geração Y ou millennials (nascidos entre 1978 e 1994); geração X (nascidos entre 1965 e 1977) e os baby-boomers (nascidos entre 1946 e 1964). Importa dedicar algum tempo à análise da integração das equipas intergeracionais nas empresas. A transição ou transformação digital e a inteligência artificial aplicada à melhoria dos processos exigem uma adaptação e um equilíbrio que nem sempre é fácil de alcançar e é ainda mais difícil de manter.

Os resultados do barómetro confirmam que a qualificação e requalificação é uma prioridade quer para as empresas quer para os profissionais. Podendo ser integrados em processos de upskilling ou reskilling, os profissionais devem manter uma atitude proactiva na perspectiva de manter o compromisso assumido com a empresa em continuar a acrescentar valor a todo o processo produtivo.

Por outro lado, as empresas encaram o desafio de acompanhar o desenvolvimento tecnológico e a aplicabilidade da inteligência artificial nos processos produtivos, disponibilizando, desta forma, ferramentas e modelos de trabalho que permitirão às equipas e às gerações baby-boomers tornarem-se produtivos e diferenciarem-se. É, ainda, requisito essencial a correcta integração das novas forças de trabalho, que dominam e para quem lhes é intrínseco o contacto com o metaverso, a realidade virtual e aumentada.

Os resultados mostram que a adaptação aos modelos de trabalho híbrido veio desencadear nas empresas a capacidade de incluir o metaverso na melhoria dos seus processos de Gestão de Pessoas das empresas. Das áreas identificadas no barómetro como sendo aquelas que mais podem beneficiar com o metaverso, destacam-se a formação (52% de respostas), o onboarding (48% de respostas) e, com a mesma percentagem de resposta (23% de respostas), o recrutamento e a união dos modelos de trabalho remoto e híbrido.»

 

Este testemunho foi publicado na edição de Abril (nº.148) da Human Resources, no âmbito da XLVI edição do seu Barómetro.

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