Mariana Canto e Castro, Randstad Portugal: A “idade dos porquês” chegou à fase adulta

Mariana Canto e Castro, directora de Recursos Humanos da Randstad Portugal, salienta que «os tempos de um “emprego para a vida” acabaram. A aprendizagem para a vida iniciou um ciclo sem regresso. Afinal, aprender, questionar, evoluir e perguntar são a nova tendência. A “idade dos porquês” chegou à fase adulta».

 

«Reskilling, upskilling e retraining são as novas palavras de ordem. A nossa educação e a nossa aprendizagem não terminam quando acabamos a nossa formação académica ou profissional iniciais. Muito antes pelo contrário: é exactamente aí que começam.

Quando verificamos tendências como as que nos dizem que, de acordo com 71% das opiniões, a grande maioria dos profissionais das empresas está disposta a continuar a sua aprendizagem ao longo da vida, ainda que no sentido de obter outras qualificações, ou que 68% das opiniões reconhecem as vantagens desta abordagem para ambas as partes envolvidas, e ainda que 77% entende que há impacto com estas práticas, é porque algo de relevante está em cima da mesa.

“Let’s connect the dots”:

  • “Long life learning”, o conceito da aprendizagem para a vida/durante toda a vida;
  • A ideia de que não há empregos, empresas, funções “para uma carreira de vida”, mas sim que flexibilidade e adaptabilidade são o novo normal;
  • A diversificação de experiências laborais é a forma mais proactiva de enriquecer um CV;
  • O mundo, a sociedade e o meio ambiente transformam-se a um ritmo elevado;
  • A importância que as novas tecnologias assumem na vida em geral, na indústria, nos serviços, na educação, no mundo do trabalho, é incontornável;
  • Inteligência Artificial, Metaverso, ChatGPT… novidades constantes e em permanente mutação.

 

Reskilling, upskilling e retraining são, assim, não só as novas palavras de ordem, mas a postura a assumir para quem se quer manter “em jogo” no seu contexto profissional: e isto aplica-se a todo o tipo de profissões, à medida das exigências de cada uma. Vivemos numa sociedade de informação, de conhecimento, de transformação constante, contínua e acelerada, as empresas vêem as fronteiras entre vida pessoal e profissional e entre sociedade e empresa cada vez mais difusas; a mobilidade geográfica é maior, as exigências dos colaboradores mais prementes, bem como uma importância cada vez maior dada ao seu espaço e tempo pessoais. Flexibilidade e adaptabilidade, novamente, são as palavras de ordem. Os tempos de um “emprego para a vida” acabaram. A aprendizagem para a vida iniciou um ciclo sem regresso. Afinal, aprender, questionar, evoluir e perguntar são a nova tendência. A “idade dos porquês” chegou à fase adulta…»

 

Este testemunho foi publicado na edição de Abril (nº.148) da Human Resources, no âmbito da XLVI edição do seu Barómetro.

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