Portugal é 28.º no mundo em competitividade de talentos

O Global Talent Competitiveness Index 2019 (GTCI) foi apresentado esta semana em Davos, na Suíça. Portugal destaca-se na lista de 125 países, apresentando como pontos fortes na atracção de talentos empreendedores, a tolerância às minorias, ser um país seguro, ter um bom sistema de pensões e um rácio positivo entre o número de habitantes e de médicos. 

 

Entre os muitos parâmetros avaliados no relatório publicado pelo INSEAD e a Business School for the World, em parceria com o Adecco Group e a Tata Communications, o nosso país surge mais abaixo no ranking em temas como dificuldades de contratação, oportunidades de liderança facultadas às mulheres, delegação de competências e captação de “cérebros”.

E, se em termos globais, Portugal está em 28.º lugar, no que respeita Europa surge em 18.º, à frente, por exemplo, de Espanha (31.º), Itália e Grécia. Em termos de cidades, Lisboa está em 45.º do ranking, apresentando um resultado de 55% no factor “Atrair” e 50% no factor “Crescer”, à frente de cidades como Barcelona (49.º), Abu Dhabi (55.º), Beijing (58.º) e Dubai (59.º). Washington, Copenhaga e Oslo são quem lidera o ranking.

De acordo com o GTCI 2019, a Suíça é quem lidera em termos de competitividade de talentos, seguida de Singapura e Estados Unidos. No espectro oposto, países da Ásia, América Latina e África estão a sofrer um desgaste progressivo da sua base de talentos.

De referir no entanto que, segundo o relatório, são as cidades e não os países, que assumem maior importância como centros de talentos e serão essenciais para reformular o cenário global de talentos, facto que se deve à maior flexibilidade e capacidade de adaptação às novas tendências, como unidades económicas ágeis, onde as políticas podem ser mudadas mais rapidamente.

Estabelecendo uma relação directa entre o talento empreendedor e como este está a ser incentivado e desenvolvido em todo o mundo e a competitividade de diferentes economias, o índice de competitividade realça que estão a surgir novas abordagens para estimular o talento empreendedor e intraempreendedor. Os esforços para desenvolver inovações hierarquicamente de baixo para cima e melhor preparar os funcionários são um exemplo.

Esse progresso é especialmente verdadeiro nas cidades. Os resultados mostram que os países e cidades mais bem classificados tendem a ser os mais abertos ao talento empresarial e a digitalização e a globalização estão a aumentar o papel do talento empreendedor.

O GTCI 2019 mede como os países e cidades crescem, atraem e retêm talentos, medindo os níveis de competitividade Global de talentos analisando 68 variáveis. O índice de 2019 abrange 125 economias nacionais e 114 cidades (respectivamente 119 e 90, em 2018) em todos os níveis de desenvolvimento.

 

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