Quer parecer mais inteligente? Então faça perguntas. Saiba quais (e quando fazê-las)

Fazer perguntas pode fazê-lo parecer mais inteligente. A Fast Compnay deixa um guia completo para saber o que perguntar e quando perguntar.

 

“Se tivesse uma hora para resolver um problema e a minha vida dependesse da solução, gastaria os primeiros 55 minutos a determinar a pergunta certa a fazer… porque assim que souber a pergunta certa, posso resolver o problema em menos de cinco minutos”, disse Albert Einstein.

Frequentemente, com um ritmo de trabalho agitado e num cenário de incerteza, desde conflitos globais, crise climática sem esquecer a economia, recorrer a atalhos parece ser a solução mais eficiente. Não fazer muitas perguntas, jogar pelo seguro, fazer as coisas. Porém, tanto a investigação como a liderança inovadora sugerem o oposto. Especialmente agora.

 

De que forma fazer perguntas nos faz parecer mais inteligentes?

Para começar, acabe com o mito de que fazer perguntas o faz parecer burro. Claro que pode ir sempre pesquisar ao Google, mas por que não aproveitar a experiência de um colega ou gestor? Segundo o psicólogo organizacional Tomas Chamorro-Premuzic, fazer perguntas faz as pessoas parecerem mais inteligentes. «Não tenha medo de parecer inseguro. Em última análise, essas são as coisas que o vão tornar mais forte e melhorar a sua reputação no trabalho», garante.

Conseguir isso é uma parte difícil, mas necessária, do treino para se tornar mais curioso. Em vez de assumir, torne-se um “admissor”, sugere Scott Shigeoka, autor de “Seek: How Curiosity Can Transform Your Life and Change the World”. Isso é válido para aqueles momentos em que precisa de reconhecer que está errado ou não sabe a resposta. Com um pouco de prática, pode superar aquela sensação na garganta quando se depara com um erro e dizer: «Conte-me mais». Shigeoka recorda a importância de priorizar a aprendizagem e crescimento, bem como o facto de nós, humanos, estarmos programados para perdoar.

Usar perguntas para inspirar e ter sucesso

A partir daí, é fácil começar a fazer três perguntas simples que inspiram liderança positiva. Como escreveu Yonason Goldson: «O que é que precisa de ser feito? O que é que pode ser feito? Quanto é que eu posso fazer?» Goldson salienta: «Isso anda de mãos dadas com o mindset ético que pergunta, não se é legal, mas se é certo, não o que posso fazer, mas que tipo de pessoa devo ser».

Assim que determinar isso, deve analisar com quem trabalhará. E fazer as perguntas certas no momento certo é essencial nessa análise. Constantine Andriopoulos, autor e professor de inovação e empreendedorismo aconselha a procurar «pessoas que demonstrem qualidades curiosas; pessoas colaborativas, abertamente apaixonadas por conhecimento, resilientes e que têm interesses externos, sentem urgência em agir e procuram surpresas». Enquadre cada um desses factores como uma pergunta quando estiver a avaliar os membros da equipa e estiver no caminho certo.

Nas operações diárias, os líderes que fazem perguntas têm maior probabilidade de sucesso. E se está a planear adoptar a abordagem de Einstein, melhor ainda, defende Hal Gregersen, ex-director executivo do MIT Leadership Center. Ele recomenda tentar gerar pelo menos 50 perguntas sobre um problema. A maioria das pessoas fica presa na metade do caminho. «Já assisti isso centenas de vezes. As pessoas dizem: “Não tenho mais perguntas, estou bloqueado”. Continue, porque é esse avanço que às vezes lhe pode dar algumas das maiores perguntas», garante. Assim como o brainstorming, mas melhor, Gregersen afirma que o “question storming” o deixará mais perto de fazer as perguntas certas que lhe darão a resposta de que precisa.

Líderes inspirados, colegas preocupados e amigos compassivos são frequentemente convocados para obter conselhos em algum momento. Reformular um pedido como uma pergunta é uma maneira de obter sabedoria pessoal e demonstrar inteligência emocional, escreveu Bill Murphy Jr. «Perguntar: “O que acha que devo fazer?” em quase todas as situações de aconselhamento, coloca o foco na outra pessoa e estabelece o seu papel mais como uma caixa de ressonância do que como um solucionador de problemas responsável em última instância», explica.

As perguntas certas na hora certa

Finalmente, é fundamental não apenas fazer as perguntas certas (tantas quanto possível) no momento certo, mas também permitir que outras pessoas o questionem. Natalie Nixon destacou que não basta recorrer às mesmas pessoas que lhe dão uma resposta positiva e confiável; é preciso procurar o atrito – especificamente a “abrasão criativa”.

Termo cunhado por Jerry Hirshberg, ex-chefe de design da Nissan para descrever «o atrito criado quando diferentes mentes, perspectivas e processos entram em conflito e produz energia». Nixon observa que as pessoas evitam fazer perguntas porque acreditam que isso cria conflitos desnecessários entre pessoas e grupos que não “precisam” de colaborar uns com os outros. Alternativamente, diz Nixon, essa energia e fricção podem ser transformadas em algo positivo.

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