REN: Protecção, flexibilidade e valor

Estas três palavras resumem o Plano de Benefícios Flexíveis da REN – Redes Energéticas Nacionais, um plano que visa dar resposta, de forma personalizada, às diferentes necessidades que os colaboradores apresentam em cada momento da sua vida.

 

Em 2015, a REN criou o programa REN FLEX, tendo como objectivo primordial adequar os benefícios disponibilizados às diferentes necessidades individuais da sua população. A partilha de responsabilidade entre empresa e colaborador e uma melhor percepção individual dos benefícios atribuídos foram outros dos objectivos que motivaram a criação deste programa. Teresa Barreiros, directora de Recursos Humanos da REN, explica em que consistem as principais apostas que têm feito nesta área e como funcionam como um factor diferenciador para a organização, para atrair e reter talento.

 

Qual o papel desempenhado pelos Benefícios Flexíveis na REN?
O Plano de Benefícios Flexíveis da REN resume-se em três palavras: protecção, flexibilidade e valor. É um plano que responde às diferentes necessidades que os colaboradores apresentam em cada momento da sua vida. Nas suas principais vantagens, destacamos o reforço da protecção social da família em áreas tão importantes como Reforma, Saúde e Riscos e Educação. Nesta matéria, os colaboradores podem personalizar os benefícios em função das suas necessidades e motivações, a cada momento e com condições únicas e atractivas.

 

Qual a importância que assumem na obtenção de resultados positivos para fazer face à guerra pelo talento, por exemplo?
Os temas relacionados com a denominada “guerra de talento” estão também associados à capacidade de atrair as futuras competências necessárias à sustentabilidade de negócio e à capacidade de atrair e gerir a diversidade na organização. Dar a possibilidade de apresentar uma proposta de benefícios diferenciada para cada indivíduo, pode fazer a diferença na tomada de decisão que cada um faz do seu percurso profissional.

 

De que forma?
Actualmente, as empresas estão a encontrar outras formas de conseguir atrair e reter o talento. A força de trabalho está cada vez mais flexível, competitiva e dinâmica e, consequentemente menos fiel, pelo que, é importantíssimo adequar a proposta de valor a esta realidade.

A flexibilização dos benefícios maximiza a percepção de valor dos mesmos, suscita no colaborador a responsabilidade da escolha e suporta as mudanças culturais.

 

E podem os planos de Benefícios Flexíveis da REN funcionar como um factor diferencial para a organização, fortalecendo a sua proposta de valor também no mercado?
Como referi, cada vez mais as empresas procuram estratégias diferenciadas para atrair e reter talentos. Desde há muito que se reconhece que o salário não é o principal factor nem o mais decisivo para se aceitar uma proposta de emprego. A existência de um propósito da organização e de um interesse genuíno pelas expectativas de cada um dos seus colaboradores representam mais-valias na atracção e retenção de pessoas. O plano de benefícios flexível oferecido deve ir ao encontro destas necessidades, podendo ser uma excelente estratégia de diferenciação no mercado.

 

A aposta nesta área também tem reflexos em termos da imagem da empresa?
A atracção e retenção de talento, por si só, já representa uma imagem positiva para a REN, do ponto de vista interno e externo. O tempo dos pacotes de benefícios tradicionais estabelecidos apenas por função ou cargo já deixam margem para alguma insatisfação. A idade, responsabilidade familiar, situação financeira, estilo de vida e preferências pessoais são factores que explicam cada vez mais a procura por benefícios distintos.

Por isso, as empresas que ganham destaque em estratégias de motivação e retenção são aquelas que reconhecem a necessidade de respeitar a individualidade e adoptar soluções ajustadas à realidade de cada colaborador. É isso que procuramos fazer na REN, e que contribui para uma melhor imagem da empresa: diferenciação positiva ao nível da proposta de valor da empresa; aumento do potencial de atracção – e consequente retenção – para uma audiência maior; comunicação simples, digital e interactiva e uma cultura inovadora na sua oferta.

 

Em concreto, que benefícios flexíveis a REN oferece?
Os benefícios propostos têm em consideração a sua utilidade social, a fase de vida dos colaboradores e a eficiência fiscal na dupla perspectiva colaborador e empresa. E focam-se em áreas tão importantes como a Reforma, Saúde & Riscos e Educação. Os benefícios disponíveis nesta área têm vindo a ser introduzidos gradualmente, tendo também em consideração aquilo que é o feedback que vamos recebendo, permitindo manter o programa vivo junto dos colaboradores.

 

Que benefícios são mais valorizados pelos vossos colaboradores?
A valorização dos benefícios depende muito da fase de vida em que se encontra o colaborador, bem como a sua perspectiva familiar e perfil de risco. Ainda assim, podemos afirmar que, de uma forma geral, todos os benefícios relacionados com a saúde são muito valorizados. De seguida, posicionam-se os benefícios associados ao “dia-a-dia”, tais como, os vales creche ou educação para suportar as despesas de educação dos filhos, os passes sociais ou a possibilidade de comparticipação de formação profissional para o próprio colaborador. Para os colaboradores mais experientes, a possibilidade de haver uma protecção adicional para a reforma é bastante atractiva.

 

Quando foi implementado o programa REN FLEX e quais os seus objectivos?
O programa REN FLEX foi implementado em 2015, altura em que a política e benefícios da REN era indiferenciada, levantando um conjunto de ineficiências com impactos visíveis na gestão dos colaboradores em termos de iniquidade, propagação de subculturas e impacto no clima laboral.

O objectivo primordial foi a implementação de um plano de benefícios flexível que permitisse atenuar a percepção da iniquidade dos benefícios das diferentes populações, e que trouxesse várias vantagens adicionais como a adequação dos benefícios às diferentes necessidades individuais; a partilha de responsabilidade entre empresa e colaborador; e uma melhor percepção individual dos benefícios atribuídos.

 

Que grandes desafios se colocam à REN nesta área?
O grande desafio para a REN, na sua actual fase de crescimento, será continuar a encontrar soluções viáveis para que toda a população REN possa estar abrangida nesta lógica de Benefícios Flexíveis, caminhando-se assim, a passos largos, para uma maior uniformização da cultura, ao mesmo tempo que se está a respeitar a individualidade e a adoptar soluções ajustadas à realidade de cada colaborador.

Manter o programa vivo, com a introdução de novidades, ano após ano, preservando o seu carácter inovador é outra das preocupações que temos.

 

Como perspectivam o futuro no que diz respeito a este tema?
Como referido, o futuro destes programas passa pela capacidade de os reinventar, tendo em consideração aquilo que são as necessidades do seu público alvo, por um lado, e as limitações estabelecidas pelo enquadramento fiscal e legal de cada benefício em cada momento, por outro. A capacidade de inovar nestes programas, de forma a que eles continuem a responder às necessidades de cada um e continuem a representar um eixo estratégico de motivação dos colaboradores é o desafio que se coloca.

 

Este artigo foi publicado na edição de Setembro da Human Resources, no Caderno Especial sobre Benefícios Flexíveis.

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