Ser um bom líder passa por fazer boas perguntas!

Especialmente quando vivemos momentos de grande transformação, os líderes devem procurar fazer perguntas poderosas e inspiradoras. A principal vantagem de fazermos perguntas é colocar na agenda das pessoas o “fazer parte da solução”.

Por Catarina Quintela, director of Corporate Solutions na Porto Business School

 

Além disso, alguns líderes podem temer essa abordagem por se questionarem: então o que é que eu estou aqui a fazer?

E quanto mais sabemos que o mundo é incerto, mais inseguros nos sentimos e mais procuramos respostas. O processo deve ser o inverso: mais devemos procurar as perguntas que nos levem a explorar novas oportunidades e formas de fazer.

Ao fazerem perguntas, os líderes demonstram abertura e confiança nas pessoas e, em simultâneo, tornam os liderados também mais confiantes e envolvidos nas soluções.

Fazer perguntas como:

  • O que está a mudar no nosso negócio, que possamos transformar numa oportunidade?
  • Quais são as necessidades emergentes dos nossos clientes que não são cobertas pelo nosso negócio (atual)?
  • Como podemos utilizar os dados disponíveis na empresa para antecipar desafios e oportunidades?

Fomentam o comprometimento, o que traz benefícios ao nível da retenção de talento, da comunicação interna, do sentimento de pertença à empresa, da criação de um propósito e objetivos comuns na equipa, da criatividade e resolução de problemas de negócio.

As perguntam criam também condições para a vivência de uma cultura de aprendizagem, considerando que:

  • Estimulam a curiosidade dos colaboradores, incentivando-os a explorar novas ideias, conceitos e abordagens;
  • Promovem a reflexão, uma vez que os colaboradores são levados a refletir sobre as suas experiências, ações e resultados, o que contribui para o seu crescimento pessoal e profissional;
  • Facilitam a partilha de conhecimento ao criarem oportunidades para interação entre os membros da equipa, permitindo que aprendam uns com os outros e desenvolvam uma compreensão mais ampla dos desafios e oportunidades da organização;
  • Promovem a autonomia ao encorajar os colaboradores a procurar respostas, a autonomia e a responsabilidade pelo próprio desenvolvimento;
  • Identificam lacunas de conhecimento e competências na equipa, orientando assim os esforços em formação e desenvolvimento.

Em síntese, fazer boas perguntas constitui uma competência fulcral das lideranças nos dias de hoje, que merece treino específico para desenvolver permanentemente esta competência.

E já agora: é importante também ouvir atentamente as respostas e procurar aprender a partir daí…

 

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