Trabalho a partir de casa devido à pandemia abrangeu um milhão de pessoas

De acordo com o Instituto Nacional de Estatística (INE), no 2.º trimestre de 2020, a população empregada que indicou ter exercido a sua profissão sempre ou quase sempre em casa na semana de referência ou nas três semanas anteriores foi estimada em 1 094,4 mil pessoas, o que representou 23,1% do total da população empregada. Destas, 998,5 mil pessoas (91,2%) indicaram que a razão principal para ter trabalhado em casa se deveu à pandemia COVID-19.

 

A Área Metropolitana de Lisboa foi a região em que se observou uma maior proporção de empregados que trabalharam sempre ou quase sempre em casa nas quatro semanas de referência (36,0%). Esta percentagem foi igualmente mais elevada entre mulheres (25,2%) do que entre homens (21,1%) e entre aqueles com um nível de ensino  completo correspondente ao ensino superior (53,8%), revela o INE.

Por situação na profissão, foi ligeiramente mais elevada entre os trabalhadores por conta de outrem (23,4%) do que entre os trabalhadores por conta própria (22,0%).

Já comparando as horas trabalhadas na semana de referência, não se registou grande diferença entre trabalhar em casa ou fora de casa: quem trabalhou fora de casa trabalhou, em média, 36 horas e e quem trabalhou a partir de casa trabalhou 35 horas.

O INE destaca ainda que 1 038,0 mil pessoas utilizaram tecnologias de informação e comunicação para poderem exercer a sua profissão em casa, o que representou 21,9% do total da população empregada e 94,8% das que trabalharam sempre ou quase sempre em casa no período de referência.

Por outro lado, 643,8 mil pessoas empregadas não trabalharam no emprego principal durante o período de referência, nem em casa, nem noutro local, 76,3% (491,5 mil) das quais devido à pandemia COVID-19.

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