Uma experiência personalizada que optimiza a produtividade

Na primeira Stratesys Academy, todos os formandos foram integrados na empresa. Esta terceira edição pretende replicar esse sucesso e comprova que a aposta da tecnológica na formação de jovens e no seu crescimento profissional está ganha.

 

Por Tânia Reis

 

Para a Stratesys, fornecedora espanhola de Tecnologias de Informação (TI), com projectos em 60 países e 1600 profissionais especializados, a aposta em Portugal foi natural, não só pela proximidade física, mas também cultural. «Muitos dos clientes têm operações no nosso país, e a localização geográfica permite uma relação de proximidade com a Europa e estabelecer “pontes” com o continente americano, o que serve claramente o propósito de ser um hub tecnológico, em particular entre estes dois continentes», explica Tiago Lopes Duarte, director da tecnológica em Portugal.

Por cá, têm desenvolvido projectos relacionados com a sustentabilidade das empresas e a redução do consumo de plástico, fruto da legislação europeia que tem vindo a ser introduzida, bem como projectos de analytics, cibersegurança ou desenvolvimento de aplicações, algumas delas já com modelos de inteligência artificial e ChatGPT, nomeadamente na criação de assistentes virtuais.

Em Portugal, com maior incidência de formação em engenharia, na Stratesys contam-se agora 70 profissionais, de cinco nacionalidades diferentes, «perto da paridade de género e entre os 50 e os 22 anos, que vivem em várias zonas, do Algarve a Viana do Castelo». E o responsável garante que a aposta no crescimento das equipas faz parte dos objectivos. Até porque «os colaboradores portugueses destacam-se claramente pela sua capacidade de adaptação cultural e de comunicação noutros idiomas, o que facilita o desenvolvimento de projectos com clientes de outras geografias». Além da formação de base tecnológica de elevada qualidade, «as equipas têm demonstrado um enorme compromisso com os projectos, com foco na entrega de soluções de qualidade».

Tiago Lopes Duarte recorda que, quando entrou na empresa, há 13 anos, eram pouco mais de 300 pessoas, globalmente. «Tínhamos aberto escritório em Lisboa há cerca de dois anos, existindo apenas presença em Portugal e Espanha.» Assim, «a mobilidade geográfica era quase inexistente e existia pouca oferta e procura por mobilidade funcional», realidade que mudou. Hoje, orgulha-se das mudanças em ambos os campos. «Fruto também do crescimento experimentado, podendo oferecer mais opções de carreira e de experiências internacionais do que antes.» Por isso, assumem-se «uma organização com um mindset “glocal”, já que a estratégia, o crescimento e a Employee Value Proposition são pensados de modo global, mas há a preocupação em criar políticas e abordagens locais, que façam sentido para todos.

Essa experiência de trabalho em ambientes multidisciplinares, multiculturais e distribuídos em vários pontos do globo confere à Stratesys um factor diferenciador e «a capacidade de desenvolver competências que nos tornam altamente capacitados para trabalhar com empresas com um footprint diversificado e presença global», destaca Tiago Lopes Duarte.

Formam os colaboradores de acordo com as especificidades de cada projecto e geografia, mas transmitem os valores da empresa a cada um dos actuais 1600 profissionais espalhados globalmente. «Para nós, não existe uma Stratesys Portugal, uma Stratesys Espanha e uma Stratesys Brasil. Há apenas uma Stratesys que presta serviços aos clientes, contando para isso com a ajuda de todos os elementos das equipas, os quais são altamente especializados e procuram levar a cabo projectos de excelência e atingir os objectivos a que nos propomos.»

 

Gestão de pessoas e os seus desafios
Assente numa «cultura inclusiva, de entreajuda e de excelência», a estratégia de Recursos Humanos na Stratesys passa por «dar as ferramentas para as pessoas desempenharem as suas funções, incluindo formação, mas também gerar espaços seguros de crescimento e possibilidade de evolução na organização, tanto vertical como horizontalmente». Para Tiago Lopes Duarte, «a mobilidade, crescimento pessoal e profissional, desenvolvimento de competências, boa disposição e bom ambiente» são os principais factores que explicam a motivação das equipas.

Como parte da melhoria da Employee Value Proposition, recentemente colocaram maior foco na comunicação do que se passa no dia-a-dia da organização, difundindo os eventos, novidades e projectos de interesse em que participam, de modo regular e através de uma comunicação de proximidade com os squad leads. A título de exemplo, o responsável recorda a divulgação interna de fotos das equipas do México, «mascaradas, e uma pequena entrevista de um dos seus elementos sobre o Dia dos Mortos, que é celebrado com muita intensidade».

Não obstante, claro que existem desafios na Gestão de Pessoas. A captação e fidelização de talento é claramente um deles. «Estamos hoje perante uma geração que procura constantemente novos desafios, reconhecimento e progressão na carreira» afirma Tiago Lopes Duarte. Por isso, advoga que cabe às empresas «potenciar o talento interno, mediante de formação e valorização dos seus colaboradores, mas também tornando as pessoas responsáveis pelo seu desenvolvimento». Consciente de que «não temos todos os mesmos desejos e motivações», defende que «é importante encontrar o espaço e ritmo que cada um quer aplicar ao seu desenvolvimento, sendo capazes de personalizar a experiência, optimizando a sua produtividade».

Perante quatro gerações no mercado de trabalho, com diferentes motivações, objectivos e formas de trabalhar, o director realça que não se pode «alienar nenhuma delas, pois todas têm vantagens e acrescentam valor. É fulcral saber chegar a cada pessoa e potenciar um ambiente de trabalho colaborativo e de partilha de conhecimento.» O mercado de trabalho global trouxe igualmente outros desafios, como a «concorrência na procura de talento», o que, a seu ver, veio dificultar os processos de recrutamento, «já que o equilíbrio entre o teletrabalho e a presencialidade torna-se um factor de decisão para o candidato».

Por último, refere a introdução da inteligência artificial (IA) nas organizações e como esta pode aumentar a eficiência e produtividade. «Mais do que falar em eliminar postos de trabalho, temos de começar a pensar como a IA pode ajudar no dia-a-dia e como posso gerar mais valor para a organização, desenvolvendo outro tipo de actividades, para as quais terei de realizar algum tipo de preparação prévia, seja um upskilling ou um reskilling», salienta.

 

Leia o artigo na íntegra na edição de Novembro (nº.155) da Human Resources, nas bancas. 

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