Luís Silva: Em preparação para o futuro, que já é realidade
A Ericsson Portugal passou recentemente por uma transformação com vista a preparar-se para a revolução tecnológica e a conseguir responder de forma mais rápida e efectiva às necessidades do mercado. Com um foco crescente nos colaboradores.
Por Ana Leonor Martins | Fotos Nuno Carrancho
A liderar esta transformação está Luís Silva, que, em Fevereiro de 2018, assumiu a responsabilidade de presidente executivo da Ericsson Portugal, definindo como prioridades «criar uma estrutura de liderança sólida e unida, bem como um governance mais simples, com crescente foco nos nossos clientes e colaboradores».
Há mais de seis décadas em Portugal, a multinacional sueca escolheu o nosso país para instalar o Centro Global de Competências da Ericsson para o Digital Business e Support Systems para a Europa e América Latina. Luís Silva acredita que essa aposta é o reconhecimento de que a Ericsson Portugal dispõe de uma «equipa coesa, talentosa, em contínua preparação para a inovação tecnológica, com elevada flexibilidade na sua forma de trabalhar», sendo o nosso país, por isso, «uma opção muito interessante quando se considera inovação e novos investimentos».
Há mais de seis décadas em Portugal, como é que a Ericsson Portugal foi firmando a sua presença e ganhando relevância no grupo?
A Ericsson em Portugal tem vindo a destacar-se através do reconhecimento do talento das suas pessoas. Isso reflecte-se no elevado número de projectos internacionais nos quais os colaboradores portugueses são convidados a participar, bem como na liderança tecnológica que Portugal tem assumido em diversas ocasiões, nomeadamente nas redes de terceira geração, tecnologia de IP Multimedia Subsystem (IMS), entre outras. Igualmente, a Ericsson em Portugal efectua a gestão de um contrato de serviços de licenciamento de software (EWL) para um dos seus clientes corporativos, que envolve sete países. E somos também reconhecidos pela consistência dos resultados financeiros apresentados, fruto de uma gestão sólida e responsável.
O que acredita que torna Portugal um país atractivo para o investimento estrangeiro, em geral, e da Ericsson, em particular?
Portugal tem condições que, combinadas, são únicas, e que resultam numa clara atractabilidade para o investimento estrangeiro. Por exemplo, é um dos países mais seguros do mundo, tem profissionais com elevada competência na área das engenharias, fruto do grau de qualidade do ensino nas nossas universidades, domínio da língua inglesa e facilidade de aprendizagem de outras línguas, sensibilidade relativamente à diversidade cultural, excelente clima, espírito acolhedor dos portugueses…
Em relação à Ericsson, dispõe, no nosso país, de uma equipa coesa, talentosa, em contínua preparação para a inovação tecnológica, com elevada flexibilidade na sua forma de trabalhar, pelo que Portugal é uma opção muito interessante quando se considera inovação e novos investimentos.
Qual o investimento que a Ericsson tem feito no nosso país, e em que áreas?
A Ericsson tem investido de forma consistente na formação contínua dos profissionais, quer em novas tecnologias, quer em competências humanas e de negócio, o que os capacita a garantir um elevado nível de serviço junto dos clientes, estejam estes localizados em Portugal ou noutras geografias. Mais recentemente, a criação do Centro Global de Competências da Ericsson para o Digital Business e Support Systems para a Europa e América Latina é um sinal claro do reconhecimento no nosso talento, tal como na estrutura da Ericsson em Portugal para efectuar o apoio a uma geografia com mais de 100 países.
Qual o posicionamento estratégico que a Ericsson Portugal assume para o grupo actualmente? Nomeadamente em termos de resultados, como se compara com outras geografias?
A Ericsson apenas reporta resultados financeiros ao nível de grupo. A importância da Ericsson Portugal para o grupo reflecte-se no investimento realizado no novo escritório e, por analogia, no Centro Global de Competências para o Digital Business e Support Systems.
O facto de ter sido escolhido como sede para o Centro Global de Competências da Ericsson e para o Digital Business e Support Systems, para a Europa e América Latina, torna Portugal num hub tecnológico e de TI para a multinacional sueca. Qual a importância que isso assume?
O Centro de Competências foi criado para suportar, na região da Europa e América Latina, a área de Business Support Systems, uma das áreas mais estratégicas da Ericsson. E isso já diz muito. As nossas soluções permitem que os operadores possam lançar novas e inovadoras ofertas, fácil e rapidamente, proporcionando ao consumidor final e empresas uma excelente experiência de serviço. Do ponto de vista de empregabilidade, constitui uma oportunidade magnífica para os quadros técnicos portugueses poderem participar na evolução tecnológica, que suportará os modelos de negócio futuros de 5G e IoT com acesso a um mercado global.
Internamente, esta é também uma grande oportunidade para promover Portugal dentro do grupo, como um país de elevado know-how e talento.
Só para esse Centro, a Ericsson já criou 77 empregos directos. E até final do presente ano espera atingir a centena. Sendo a área tecnológica altamente concorrencial em termos de atracção de talento, onde e como recrutam?
A Ericsson recruta no mercado de trabalho perfis seniores com experiência e competências específicas nas áreas de OSS [Operational Support System]/ BSS [Business Support System]. Por outro lado, temos também um programa de estagiários, em que recrutamos licenciados ou mestrandos directamente de diversas universidades de Engenharia na Grande Lisboa, Grande Porto ou outras localidades.
Leia a entrevista na íntegra na edição de Setembro da Human Resources, nas bancas, e descubra quais as apostas estratégicas que a Ericsson Portugal está a fazer em matéria de Gestão de Pessoas, nomeadamente em termos de atracção e retenção de talento.