Aproximar as universidades das empresas e da inovação tecnológica

A Huawei ICT Academy vem colocar ao serviço das universidades nacionais as melhores práticas, a inovação e o know-how da tecnológica chinesa. É uma aposta na formação das próximas gerações, feita a pensar em todos os sectores e indústrias, no País e na economia como um todo, e não no benefício imediato ou próprio.

 

Por Ana Leonor Martins

 

A ICT Academy é um programa global da Huawei, através do qual se estabelecem acordos de parceria com instituições de ensino, com vista ao enriquecimento dos conteúdos formativos, seja mediante a incorporação de novos conteúdos nos planos curriculares ou da disponibilização de novos cursos ou acções de formação, seja da certificação de docentes e formadores. A iniciativa pretende assim potenciar a transferência de conhecimento do mundo corporativo para as academias, aproximando-as da realidade do mercado de trabalho, nomeadamente na indústria Tecnológica.

Este programa insere-se na iniciativa de inclusão digital da Huawei, denominada TECH4ALL, que pretende expandir os benefícios da tecnologia a todas as pessoas, em todos os locais. Em termos de investimento, a tecnológica já anunciou a criação do Huawei ICT Academy Development Incentive Fund (ADIF), dotado de pelo menos 50 milhões de dólares para os próximos cinco anos. O objectivo é contribuir para o desenvolvimento de dois milhões de profissionais de Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) nos próximos cinco anos.

Com um alcance global, as ICT Academy estão presentes em regiões como o Sudeste Asiático, Médio Oriente, África, Europa, América Latina e Pacífico, cobrindo 72 países, com mais de 900 academias, cerca de 1200 professores certificados e abrangendo mais de 45 mil estudantes por ano. A primeira versão do programa foi criada em 2013 e tem vindo a estender-se um pouco por todo o mundo.

A iniciativa chega agora a Portugal. Diogo Madeira da Silva, Head of Public Affairs & Communications da Huawei no nosso país, explica porquê: «Estando integrados numa estrutura global, é importante olhar para dentro e perceber o que podemos trazer para o nosso mercado de forma a responder às necessidades e ambições de desenvolvimento do nosso país. E é também nesse contexto, quando Portugal discute o tema das competências digitais, que a implementação deste programa é pertinente.» Visto que a Huawei já tinha um histórico de proximidade às universidades portuguesas, desenvolvido durante mais de 15 anos de actividade em Portugal, coloca agora ao serviço destas instituições «um programa mais estruturado e evoluído, que bebe muito das melhores práticas, da inovação e do know-how da Huawei a nível global».

De acordo com o responsável, a receptividade tem sido excelente. «Estamos já em contactos com várias instituições e contamos apresentar em breve as primeiras parcerias. O trabalho feito pela Huawei Portugal ao longo dos anos com as universidades permite acelerar esta iniciativa, já que este programa é também uma evolução de programas anteriores, como as HAINA Academy [Huawei Authorized Information & Network Academy], caracterizadas por cursos e certificações, em particular nas vertentes de networking – routing & switiching –, em que entidades como a Universidade de Évora, a Universidade do Algarve e a Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro foram pioneiras em Portugal.»

Através do programa ICT Academy, a Huawei pretende «disponibilizar uma solução alargada de formação e transferência de conhecimento em áreas determinantes para as exigências do futuro. Apoiamos as universidades ao nível de conteúdos, formação e certificação adicional, para os professores e alunos, bem como do acesso a algumas das mais recentes inovações tecnológicas no campo das TIC», esclarece Diogo Madeira da Silva. «Em concreto, estamos a falar, entre outros, de conteúdos focados nas tecnologias emergentes, como inteligência artificial, big data, cloud computing, internet das coisas ou redes de quinta geração. É importante que as empresas se mantenham ligadas à academia, para que os programas se possam alinhar no sentido das mais recentes inovações tecnológicas.»

Estando a abordagem da Huawei ao recrutamento muito focada em competências específicas, acreditam que, ao contribuírem para a capacitação dos estudantes universitários e para a aproximação dos programas à realidade das empresas e da inovação tecnológica, estarão também a fortalecer as suas próprias probabilidades de encontrar profissionais com os perfis de talento que procuram.

 

Uma aposta no futuro, de todos
O director de Comunicação não tem dúvidas de que «ao longo das próximas décadas, o desenvolvimento tecnológico vai permitir que vivamos num mundo mais inteligente, onde grande parte do que está à nossa volta estará sensorizado e ligado. Mas até lá chegarmos, a indústria das TIC vai precisar de talento de alta qualidade, com ideias inovadoras e competências digitais. Este talento será a força motriz do futuro da indústria, e aqueles que tiverem as competências interdisciplinares adequadas serão bastante procurados», afirma. «Esta é uma indústria de conhecimento intensivo, algo que está a ser exacerbado à medida que a velocidade aumenta. O desenvolvimento destas competências é fundamental para gerar o talento de que o mundo necessita. E não estamos só a falar da indústria das TIC, mas de todos os sectores, à medida que a incorporação de tecnologia vai aumentando em todas as áreas.»

Leia o artigo na íntegra na edição de Setembro (nº. 117) da Human Resources, nas bancas.

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