Internacional: Liderar para o futuro

Quais serão as características distintivas dos grandes líderes do futuro? O que farão de forma diferente, melhor ou pararão de fazer?

Por Douglas A. Ready, MIT Sloan Management Review

As mudanças no mundo e no local de trabalho significam uma mudança da liderança tradicional para uma liderada pelas transformações digitais. Para executar uma liderança eficaz no mundo digital, os líderes devem abraçar alterações fundamentais baseadas em factores como tecnologia, demografia e normas culturais, retendo ao mesmo tempo as características duradouras e contextuais da liderança. Isto pode exigir uma mudança de mentalidade.

Estarei pronto para liderar em 2025?
Pergunto-me quantos líderes farão essa pergunta. Afinal de contas, 2025 está a menos de uma década de distância e, se forem como eu, provavelmente passam muito tempo a pensar nas vossas experiências e no que os outros nos ensinaram sobre a arte da liderança e o que significa ser um líder eficaz. Essas reflexões, experiências e observações serviram-nos razoavelmente bem, já que aprendemos a liderar no mundo de hoje. Mas e a liderança no mundo de amanhã? O que será preciso para ser um grande líder daqui a cinco anos, ou a 10? Já pensei nessa pergunta e acredito que as coisas não irão mudar tão drasticamente que eu não consiga acompanhar. Fundamentalmente, liderança é liderança, certo? No fundo, tudo se resume a criar uma visão e uma estratégia, motivar as pessoas a executarem essa estratégia para os clientes e oferecer valor superior aos investidores. Fim da história.

Será mesmo? Vejamos o caso da RBC, a gigante canadiana de serviços financeiros. Nos últimos anos, tem estado envolvida numa abrangente transformação digital para oferecer melhor serviço aos seus clientes. Só recentemente, contudo, é que a liderança da RBC compreendeu a noção de que, para executar totalmente a sua transformação digital, precisava de líderes que abraçassem e compreendessem a fundo como competir e liderar na nova economia. Assim, a empresa transformou completamente o seu modelo de liderança e a sua estratégia de talento. Os que estão mais entusiasmados e têm mais capacidade para abraçar o futuro farão parte da liderança da RBC no futuro.

Ou vejamos as observações que Alan Mulally, o lendário CEO da Ford e da Boeing Commercial Airplanes, partilhou comigo sobre o seu próprio estilo de liderança. No início da sua carreira, a ideia que Alan Mulally tinha sobre um líder eficaz era de alguém no comando, que compreendia totalmente os desafios que a organização enfrenta, e que era claro ao fornecer direcção e orientação quando necessário. Só depois de um dos seus gestores de topo ter saído da empresa por se sentir microgerido é que Alan Mulally compreendeu que uma boa liderança estimula o talento das suas pessoas em vez de os limitar.

Sejamos claros: o desafio não é mudar o perfil de liderança para as grandes empresas que andam no mercado há 100 anos ou mais. Brian Halligan, CEO e co-fundador da HubSpot, uma empresa de analítica e marketing nas redes sociais, gosta de dizer que passa talvez metade do seu tempo a pensar em quem irá gerir a empresa na próxima década – e estamos a falar de uma empresa com pouco mais que uma década! Brian Halligan refere que a média de idades na HubSpot está nos 20 e tal anos, por isso é importante que os líderes da empresa compreendam o que motiva esta geração e qual o estilo de liderança que funcionará melhor.

Leia o artigo íntegra na edição de Dezembro da Human Resources.

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