O que está a mudar na Auditoria Interna

Cultura de inovação nas empresas está directamente associada ao perfil do CEOUm estudo da EY e da Forbes dá pistas relativamente às novas estratégias na área da Auditoria Interna.

A função de Auditoria Interna deve desempenhar um papel mais forte dentro das organizações, revela o estudo “Global Internal Audit Survey: Matching Internal Audit Talent to Business Needs”, realizado pela EY em colaboração com a revista Forbes.

Neste relatório, no qual participaram mais de 500 Chief Audit Executives e membros de Comités de Auditoria num inquérito conduzido em Maio de 2013, «28% dos entrevistados refere que a AI desempenha hoje um papel verdadeiramente estratégico», ao passo que «54% revela que a assessoria estratégica será o seu principal mandato no futuro, indicando uma mudança radical no foco desta função», lê-se.

Para além do tradicional foco em compliance, lê-se, a tendência é a de adaptar a Auditoria Interna a novos factores como «a volatilidade do mercado, a instabilidade financeira e a rápida evolução tecnológica, aliados à procura de maior visibilidade por parte dos consumidores e reguladores», segundo o relatório.

Estas mudanças terão implicações a médio-prazo, avisa o estudo. Uma delas é relativa à possibilidade de ser detectada falta de competências para por em prática esta visão mais estratégica da Auditoria Interna. Realça o relatório que «as cinco principais habilitações tipicamente em falta são análise de dados, estratégia de negócios, experiência aprofundada na indústria, gestão de risco e prevenção e detecção de fraude».

O estudo salienta também que as chamadas «“soft skills” – tais como pensamento crítico, aplicação de conhecimento do negócio e da capacidade de articular insights de negócios – estão a tornar-se tão importantes quanto as habilidades de auditoria puramente técnicas. Mas apenas 51% dos entrevistados indica a existência de competências e requisitos formação bem definidos, por nível, para os seus auditores», lê-se no estudo.

Em termos de qualidade de talento, o estudo revela que 45% dos inquiridos afirmaram que exigem que os candidatos detenham mais de dois anos de experiência noutra organização dentro do mesmo sector para fazer face a esta novas exigências.

Para concluir, acrescentam a EY e a Forbes, «82% das organizações analisadas pela EY estão a fazer outsourcing ou co-sourcing de parte das suas competências de AI, o que representa um aumento de 14% face ao resultado identificado em 2012, e 49% face a 2010», referem.

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