Sector do desporto empregou 1,55 milhões de pessoas na UE em 2023. Suécia lidera, saiba em que lugar está Portugal

Até 11 de Agosto, decorrem em França e no Taiti os Jogos Olímpicos de Verão, oficialmente denominados Jogos da XXXIII Olimpíada. Cerca de 10600 atletas de 196 países disputam o pódio em 32 modalidades desportivas. Pela primeira vez, Portugal está representado por mais mulheres (37) do que homens, com 73 atletas no total.

Por ocasião dos Jogos Olímpicos Paris 2024, dados do Eurostat mostram que, no ano passado, 1,55 milhões de pessoas estavam empregadas no sector desportivo na EU, representando 0,76% do emprego total. Em comparação com 2022 (1,51 milhões), houve um aumento de 2,2%.

Entre os países da UE, a Suécia tem a maior percentagem de trabalhadores na área do desporto (1,33% do emprego total), seguida pela Dinamarca (1,25%) e Espanha (1,16%). Em Portugal representava 0,9% do emprego total, acima da média da EU de 0,75%. Contudo, na Europa, o vencedor é a Islândia com 2,57% do emprego total na área do desporto.

Em contraste, as menores parcelas de pessoas empregadas no sector do desporto registaram-se na Roménia (0,28% do emprego total), Bulgária (0,37%) e Eslováquia (0,40%).

Mais de um terço dos trabalhadores da área têm menos de 30 anos

A nível de faixa etária, o emprego no sector esportivo difere do emprego total. Mais de um terço (37,4%) dos trabalhadores da área tinham entre 15 e 29 anos, mais do dobro da percentagem verificada no emprego geral (17,4%) para a mesma faixa etária.

A maioria dos trabalhadores do sector tinha entre 30 e 64 anos (59,1%), 20,6 pontos percentuais (pp) a menos do que a parcela da mesma faixa etária no emprego total (79,7%). Pessoas com 65 anos ou mais representaram 3,5% no sector desportivo e 3,0% no emprego total.

Também no que diz respeito ao género se verificam diferenças. Neste sector existem mais homens empregados (55,2%) do que mulheres (44,8%), levando a um gender gap ligeiramente maior da população empregada neste sector em comparação com o emprego geral (53,6% e 46,4%, respectivamente).

Quanto ao nível de escolaridade, estes profissionais exibiram características semelhantes às do emprego total. Quase metade (45,9%) dos trabalhadores na área tinham um nível médio de educação (Classificação Internacional Padrão de Educação – ISCED, níveis 3-4), 0,3 pp a mais do que no emprego total.

Aqueles com educação superior (níveis ISCED 5-8) representavam 39,6% dos trabalhadores desportivos, 1,8 pp mais do que no emprego total. Pessoas com menor educação (níveis ISCED 0-2), representavam 14,4% do emprego no desporto (2,1 pp menor do que no emprego total).

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