Uma verdadeira encruzilhada…

Por Ricardo Florêncio

 

Quando tentamos elaborar quais serão as perspectivas e tendências que vão marcar os próximos tempos neste ecossistema da Gestão de Pessoas, apercebemo-nos de que a lista vai crescendo, tornando-se cada vez mais extensa, tal a complexidade crescente do contexto em que se integra. E quando se tenta definir o que cada um implica, percebe-se que os temas estão tão interligados uns aos outros, e que, na verdade, se torna quase impossível estabelecer algum tipo de ordem de prioridades.

Pode-se assim afirmar que estamos mesmo perante uma encruzilhada. As transformações que os modelos de trabalho trouxeram às organizações, a introdução de todo o tipo de inteligência artificial, o desenvolvimento tecnológico, a necessária formação e adequação das pessoas a novas realidades, o modo como as lideranças lidam – ou não conseguem lidar – com todas estas mudanças são apenas algumas das “estradas” que estamos a percorrer. A questão da fiscalidade, os salários, a atracção dos talentos, a motivação ou o combate à desmotivação, a falta de mão-de-obra generalizada são outras. Mais ainda: o equilíbrio entre a vida pessoal e a vida profissional, as diversas questões da saúde-mental… São muitos os ângulos presentes no dia-a-dia das empresas, e que é preciso que não caiam em “ângulo morto”.

A lista de temas é infindável. E tudo isto num clima de incerteza, em que as empresas perspectivam o seu futuro com alguma moderação e outras mesmo apreensão, pois os resultados têm de continuar a aparecer, e a produtividade continua a assumir um papel deveras importante.

Sim, estamos perante uma encruzilhada, e todos temos de estar empenhados em trazer as melhores soluções.

 

Editorial publicado na revista Human Resources nº 156, de Dezembro de 2023

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