A gestão da mudança!

Opinião de Ricardo Florêncio

Director da Revista HR Portugal

Editorial publicado na edição Setembro 2010 da revista HR Portugal

Uma substancial percentagem da população tem uma natural aversão à mudança. Pura e simplesmente não gosta de mudar. Questionam-se do porquê da mudança.

Do porquê de não manter as coisas como estão, mesmo que não sejam plenamente satisfatórias. Há geralmente uma inércia quer pessoal, quer de grupo, quer mesmo estrutural para as mudanças no seio de uma organização.

As pessoas têm mesmo receio da mudança. Têm medo do desconhecido, do que virá a seguir. Questionam-se sobre o que se espera delas, sobre se serão capazes e estarão a altura da parte que lhes coube ou foi destinada, ouvem os corredores do poder? Desde o formal ao informal? E pensam naqueles pequenos, grandes, poderes instituídos nas organizações, e que não estão desenhados em nenhum “flipchart” ou “powerpoints”.

A mudança cria angústias, cria desconfortos, cria expectativas. E tudo isto cria ruído nas organizações, levando muitas vezes a climas negativos.

A gestão destes momentos e a gestão do processo assume particular e crucial importância. Algumas (muitas?) vezes vimos processos de mudança bem elaborados e com objectivos bem definidos e concretos a serem mal geridos e a causarem situações que poderiam ter sido evitadas.

Aqui ficam algumas das reflexões que fiz para quem está no arranque, a meio ou no final de um ciclo de mudança:

» Uma bem definida e reconhecida liderança do processo;

» Um trabalho em equipa e cooperação entre as diversas áreas na empresa;

» Uma comunicação clara e objectiva, sob diversas formas e meios salientando as vantagens para cada um e para o geral e as diversas fases de implementação da mudança;

» Um plano bem elaborado de gestão de conflitos e resolução de problemas, que permitam debelar logo de início as situações menos claras que possam ocorrer;

» Um plano de formação técnico e comportamental desenvolvido e implementado à priori que vise dar as ferramentas necessárias aos colaboradores para fazer face à mudança;

» A implementação de acções de motivação e desenvolvimento de equipa.

A Mudança é permanente e estar preparado para ela é acima de tudo saber viver em Mudança.

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