A Gestão dos Funcionários Públicos

Ricardo Florêncio

Director da Revista HR Portugal

Editorial publicado na edição de Novembro de 2013 da revista HR Portugal

No ano passado tivemos o “aumento brutal de impostos”, nas palavras do antigo titular das Finanças. Para o Orçamento de 2014 contamos com um corte na despesa do Estado, essencialmente suportado pelo corte nos salários dos Funcionários Públicos.

Contudo, e quando se esperava uma redução da despesa do Estado criteriosa e baseada quer na tão esperada e necessária Reforma do Estado como nos princípios básicos da Gestão, assiste-se a um corte igual para todos.

Não é do meu interesse discutir aqui, e por agora, a Reforma do Estado e os seus princípios.

Interessa sim, discutir os princípios básicos da Gestão de Pessoas. E, tendo as suas especificidades, a Gestão de Pessoas no sector Público não pode e não deve ser muito diferente do Privado. Quer isto dizer, que se deve premiar os bons, os que se esforçam, os que trabalham, os competentes, os que são uma mais-valia, etc.

Como é conseguido isso havendo um corte raso idêntico para todos? A resposta é simples e directa: não se consegue.

E deste modo, tratam-se todos por igual: os competentes e os incompetentes, os bons e os maus, os que se esforçam e os que nada fazem.

Não é assim decerto que iremos melhorar a produtividade do nosso sector Público.
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